O que dizer sobre a mãe? E o que dizer sobre a nossa terra materna?
Sobre a minha mãe? Vou começar agradecendo por ter minha mãe ainda comigo,
conosco! Agradecer pelas mensagens matinais de bom dia no WhatsApp – sabe
aquelas mensagens que no começo você pode achar robóticas e até cansativas por ter
que responder? Então, hoje elas fazem parte do meu dia a dia, e eu respondo para
minha mãe, mesmo que apenas com um emoji de coração. Eu sei que foram os dedos
da minha mãe no telefone dela nada muito atualizado que apertaram as teclas para
enviar a mensagem!
Simples, não é?
São as coisas simples que falam e mexem comigo hoje em dia. Principalmente nessa
era de tudo de uma vez ao mesmo tempo agora, nessa velocidade irritante e
enlouquecedora.
Estive esses dias no Brasil, e o meu encantamento começou quando eu coloquei uma
mensagem no grupo da família “e aí, mãe, sai um cuscuz mineiro quando eu chegar”?
A resposta foi, “você quer na quinta mesmo quando você chega”?
Eu já cheguei com água na boca porque eu gosto mesmo de cuscuz, e se tem uma coisa que nunca se acha nos EUA em restaurantes brasileiros é o tal cuscuz mineiro. Eu sinto uma fome emocional de comida brasileira que ninguém explica!! Hahahaha, e olha que não sou de comer muito não, mas nesta última viagem, foi uma imersão - um intensivão na
culinária brasileira mais raiz que se pode ter. E foram 10 dias, deu tempo de comer, e
bastante!
Esse texto então é para agradecer a minha mãe pelo cuscuz, pelo arroz e feijão
deliciosos, pela carne moída com azeitonas, pela abobrinha refogada, pela salada de
alface, folha verde que amo com letras maiúsculas – detalhe, o alface verdinho, crespo
e crocante aí do Brasil é divino, agradeçam mais ao comer e pensem em mim! Ai mãe,
e o arroz e feijão com frango à milanesa não passaram despercebidos não – eu havia
comentado que podíamos ir ao restaurante tradicional da cidade na rua da casa dela, e
ela só mencionou que o preço estava abusivo, e eu fiz uma conversão rápida para o
dólar e de fato, estava fora da curva.
Minha mãe não falou mais nada e em dias, estava eu comendo arroz, feijão, o frango à milanesa, e a salada de alface, refeição que ganha de qualquer restaurante brasileiro pelo mundo afora!
Abrindo só um parêntese aqui, minha mãe é uma cozinheira de mão cheia desde criança!
Continuo aqui lembrando do melhor café da manhã do mundo, o café que meu pai
passa todas as manhãs, forte e sem açúcar – isso há muitos anos, eu adoro! O
mamão, a metade de uma banana porque ele percebeu que agora eu como bananas
todas as manhãs, a laranja descascada, o suco de laranja com acerola, os caquis
porque ele sabe que eu gosto de caquis, e aqui nos EUA não costumo comprar porque
são raros e não são saborosos como no Brasil, e os sanduiches com queijo e presunto
ou mortadela, ou só queijo, já preparados.
Ah, e o abacate, que minha mãe comentou que eu gosto e comemos muito nos EUA, e meu pai todo carinhoso me lembrando o tempo todo de pegar o abacate na geladeira! E o pãozinho fresco – ai meu Deus, com glúten mesmo, who cares?
E o queijo branco? Sem rodeios – que delícia!
Fui sem agenda alguma, mas ligo para uma amiga da época do Ensino Médio e
marcamos de nos encontrar – ela só no suco de melancia por questões de cuidados de
saúde, e eu no suco de melancia e um prato de arroz, feijão, filet de tilápia, umas fritas
e uns legumes – afinal, eu tinha acabado de chegar em “Terra Brasilis” há pouco mais
de 24 horas.
No mesmo dia, fomos em família a um jantar beneficente – uma noite italiana. A fartura
e a dedicação de todos envolvidos me encantaram! O meu prato cheio, de diversas
massas, e eu não consegui terminar não! Fico até agora, pensando naquela metade
do canelone e no pedaço da lasanha que sobraram no meu prato!
Passamos agora para o churrasco, aquele que meu pai, irmão e sobrinho fazem
questão de preparar! Meu pai ficava no comando, depois meu irmão, e agora meu
sobrinho, que é muito ligado em bons cortes de carnes e na boa preparação e modo de
servir a carne – eu presto atenção, meu querido!
Para o meu pai é um evento, a preparação toda da churrasqueira às compras de todos os ingredientes; a conversa do meu pai e da minha mãe, e familiares envolvidos no churrasco de quem traz o que, eu observo, sinto o carinho e depois sento e como – curto o churrasco como um aconchego à alma, e internalizo tudo repasso para minhas filhas e amigos por aqui!
Assim como minha irmã, nunca fui tão necessitada de comer carne, mas quem me vê
comendo durante o churrasco e durante toda minha estada no Brasil, pensa que passo
fome nos Estados Unidos hahahahah. Eu quero que todos saibam que eu sou muito
grata por toda a movimentação. Minha cunhada já chega com os drinks, prepara tudo
com aquela agilidade que só ela tem, o cunhado chega com a caixa de som que desta
vez tocou samba e sertanejo – ah, e eu agradeço, e com as cervejas especiais!
Voltando um pouquinho, logo no primeiro dia em Santo André, fui com minha mãe a
uma padaria tradicional da cidade, que tem a melhor coxinha do Brasil. Um detalhe
aqui eu raramente comia coxinha quando morava no Brasil, por causa da fritura e do
cheiro de frango, mas faz alguns anos que não posso ver coxinha que me dá água na
boca. Na verdade, bate imediatamente uma nostalgia dos momentos com meu irmão
quando éramos mais jovens e ele comia uma coxinha atrás da outra, e eu pedia um
pedaço e ele dizia “não, pede a sua”! Estou rindo aqui, mas agora eu como coxinha,
lembro do meu irmão e do sabor Brasil!
Ai ai ai, no dia do primeiro churrasco minha mãe atendendo a pedidos da minha irmã,
fez também arroz, feijão, bife acebolado e batatas fritas – isso mesmo! Quer mais
sabor de (minha) casa do que isso! Além daquele vinagrete e farofa acompanhando o
churrasco! Obrigada irmã pelo pedido, e obrigada mãe por atender ao pedido!
Numa linda manhã de domingo, na minha cidade natal, aprecio durante mais de 2
horas no Teatro Municipal de Santo André, a maravilhosa Orquestra Sinfônica e o coral
da cidade, entre outros talentosos músicos convidados. E logo em seguida, ainda no
Paço Municipal da cidade, lugar lindo com um planejamento de famosos arquitetos e paisagismo de Burle Marx, a cidade segue fortalecendo o laço entre a sede dos três poderes do município, a cultura e a educação, com iniciativas de civismo. E me deparo então com um evento com música, diversão para a criançada, com apresentação de feras do skateboard e muitos food trucks!! Uau, e o que escolho para comer? Nada mais nada mesmo do que o nosso pastel! Sim, pastel de carne, o tradicional, mas desta vez, com uma massa de queijo, com aquele molhinho saboroso para colocar dentro, e uma cerveja bem gelada!
Ufa! A palavra detox já passa pela minha cabeça!
Em um outro dia, na cidade de São Paulo, eu me encontro com uma das anotadoras
daqui do site, e passamos por um lindo evento de outra anotadora com as comidinhas
mais sofisticadas e deliciosas. Apresentação com a delicadeza e sutileza nos detalhes
que São Paulo, no nosso Brasil, também são imbatíveis! E depois um almoço com
aquele filet mignon que só São Paulo sabe servir (ooopss não sei os outros estados) –
só estou comparando com New York. E depois aquele café espresso que não recuso –
tomo café desde criança. Quem lembra que antigamente a gente tomava café com leite
em casa?
Ah. Eu lembrei aqui agora do drink Caju Amigo (vodka, limão, suco de caju, compota
de caju), que tomei num bar descolado em São Paulo com a amiga mais do que
divertida que se mudou de NYC de volta pra SP. Mas com ela a gente nunca sabe,
quem sabe mês que vem ela está de volta? Hahahaha
Emendo um jantar na casa da amiga da faculdade – amiga, irmã de alma, e ela serve
um jantar com sabores e preparos de raízes libanesas. Para os leitores, amigos que
não são do Brasil, São Paulo, entre outras cidades tem uma forte influência de comidas
libanesas, mas isso fica para um próximo texto. E na manhã seguinte, um café da
manhã, com risadas, papos de trabalho e filhos e futuro, não faltou novamente o
mamão, entre tantas outras coisas gostosas. Mas também observei o cuidado com a
saúde, com o pão sem glúten, a manteiga especial, o leite sem lactose etc. Eu fui logo
no mamão, no queijo branco e no café passado na hora.
Quilômetros de viagem mais tarde, lá estou eu em um Emporium comendo uma torta
de palmito, sim palmito – bem Brasil! Mais tarde uma pizza deliciosa e modernosa com
endívias e queijos mais refinados! Ah, e a cerveja! O sabor de uma cervejinha bem
gelada no Brasil é incomparável!
No dia seguinte aquele café da manhã na casa da amiga, e entre tantas gostosuras lá está o mamão. O mamão é uma fruta venerada por mim – nem sempre encontro o sabor que procuro nos papayas daqui!
Entre passeios turísticos, conversas e comparações entre o Brasil e os EUA, pois
minha amiga e colega de trabalho morou durante anos nos EUA, como um pão de
queijo e um café na cafeteria do museu do Pelé – ah, vale um texto também sobre o
assunto. E depois um almoço com iscas de peixe (não dizia iscas no cardápio, não,
era um nome mais sofisticado!) e uma salada divina! Queria fazer um comentário, eu
pedi um limão para colocar no peixe, e ganhei uma olhada meio estranha e pensei “não
se come mais peixe com limão, ou eu ofendi o chef porque seu prato vem sem limão”?
Para quem está lendo, já deve estar sentindo água na boca ou dor de estômago de
tanto que eu falo de comida aqui, não é?
Seguimos o passeio, e mais tarde num bar de esquina mais do que tradicional e
descolado, pedimos uns bolinhos de carne seca acompanhados daquela caipirinha de
frutas brasileiras, com pedaços de caju – uma pena que não tirei fotos! Eu deslumbrada
pelas cores, a música, os sons, o futebol no telão do bar, as pessoas vestidas de forma
bem descontraída, de shorts e tops já que fazia um calor de verão com temperaturas
bem altas para o mês de outono, em pleno mês de maio. E minha amiga já
preocupada comigo e com ela que saiu totalmente da dieta, solta “o que a minha nutri
vai dizer”? Bom, eu não tenho minha nutri, mas eu estava bem consciente do tamanho
do meu exagero, e que eu provavelmente precisaria de um detox assim que voltasse
para casa em New York.
Tomei o cuidado de nos próximos dias só comer frutas e tomar meu café preto pela
manhã, apesar da minha mãe já querer esquentar aquele sanduichinho preparado pelo
meu pai pronto para colocar na tostadeira – aquelas antigas, conhecem? E meu pai
insistindo para que eu comesse isso e aquilo, e mostrando todas as frutas, e dessa
vez, o abacaxi e a pera, e as uvas coloridas e docinhas.
Existe forma maior de abraçar o momento, e entrar em sintonia e prestar atenção no
que está sendo oferecido, e saber como receber o agrado?
E aquele dia na casa do meu irmão e cunhada, horas na piscina com a minha cunhada
mais do que carinhosa comigo. O almoço no shopping e o café espresso no Café do
Ponto – tem memórias mais gostosas?
Ah, e mando aquele alô para o meu irmão, que serve o melhor café do mundo! Sento
na varanda da casa deles, com uma vista generosa da cidade, e respiro mais um
pouquinho da minha cidade “mãe”!
Aquela passadinha na casa da madrinha querida, mas sem avisar. Ela, linda e sempre
doce e generosa, um pouco agitada com meu pai – seu irmão, que não avisou que
iríamos na sua casa e, portanto, ela não pode se preparar para me receber. Ela então,
me pergunta “toma uma cervejinha gelada”? E eu “opa, claro tia”, e assim éramos 4 - já
que uma outra tia estava lá por acaso, e tomamos nossa cerveja gelada, e
compartilhamos também o gene dos olhos claros. Sim, é do lado paterno que carrego
os olhos esverdeados.
Mais tarde, depois de umas comprinhas de biquinis brasileiros – nossa que audácia
minha, depois de tanta comilança comprar biquinis, eu pergunto para a minha irmã
“você tem tempo para gente dar uma paradinha em algum lugar legal, está uma noite
tão linda!” E ela, “sim, bóra”! Paramos então num bar de esquina, cheio, pessoas
chegando e saindo, mesas altas de concreto na calçada, portas abertas, futebol na tv,
música, e eu só comento “que maravilha, manter esta brasilidade” ... E meu sobrinho
adolescente chega, fala aquele oi, e se senta ao meu lado já com seu celular em mãos.
E aí eu me lembro da banda Blitz e quando eu era adolescente!
Mas pedi foi uma porção de polenta, um chopp preto! E em seguida, quem mandou o
garçom passar com a bandeja de empadas? Como resistir? E aí falei “vamos pedir
uma caipirinha”! E minha irmã “pede”. Mas eu vi que a cara dela estava meio
assustada. Rindo aqui, então, deixei a caipirinha de lado, pedi mais um chopp preto, eis
que o moço passa com uma bandeja com bolinhos de vários recheios, e eu escolho o
de bacalhau!! Minha irmã pasma, diz “ela só vai pegando”. E eu “ué, não acabei de
dizer que a gente poderia ir almoçar um bacalhau amanhã? E ele passa oferecendo
bolinho de bacalhau”?!
No dia seguinte, apenas frutas e café preto, minha mãe oferece isso e aquilo, se eu
quero um ovo, porque ela sabe que em NY, eu como ovos de manhã e café preto, ou
apenas as claras de ovos, banana e café; e eu não consigo aceitar nada! Só frutas
mesmo! Até que vamos ao clube, aquela coisa gostosa; calor, piscina, esportes,
feirinha de presentes para o dia das mães que se aproxima, grupo de samba, e então
chega a hora do almoço!
Oh my, Oh my! Podemos pedir comida à la carte, ir até o buffet e pegar comida, ou pedir porções!!
Alguém falou “porções”?
Lá vamos nós, mais uma vez, uma porção de peixe, uma de pastéis pequenos, e desta
vez, uma porção de calabresa com cebolas. Deixa-me explicar, éramos 4 pessoas, e
um não come peixe, o outro não comia isso ou aquilo! Só sei que comi das 3 porções
e com cerveja!! E sei que saiu o comentário “onde cabe tudo isso nela”?
No clube, revejo amigos, escuto samba, a minha vida em Santo André passa pela
cabeça, o calor está forte, pedimos coca-cola e de repente – eu senti que queria ir
embora! Tudo aquilo, tudo ao mesmo tempo, com minha mãe e irmã, e um trem bala
de emoções passa por mim que quase não dou conta!
Descanso, assisto um pouco de tv, respiro!
E mais tarde a emoção de conhecer a casa do sobrinho, e com pizza! Esse meu
sobrinho era uma criança de 3 anos quando me mudei do Brasil – hoje um homem
responsável, divertido, profissional talentoso, e com sua própria casa, namorada, e
uma paixão pela culinária. Firme e forte nos treinos, mas serviu aquela pizza, e um
drink especial para a tia Rose – Roselaine, como ele diz! Para quem não sabe este é o
meu nome!
Ah, não canso de repetir que a melhor pizza do mundo é a pizza de São Paulo – não
tem igual, sorry New York City slices!
E quem mais ama as azeitonas das pizzas? Eu e meu sobrinho mais novo - que
nasceu quando eu já morava nos EUA há anos, e entres tantos momentos já
compartilhados, ali dividimos as azeitonas da pizza, todas aquelas dos que não gostam
de azeitona. Momento marcante para mim!
Eu não tenho palavras para expressar o meu amor pelo momento da família reunida e
com tanta fartura de comida e de carinho!
E para fechar esse meu texto sobre o Dia das Mães, sobre a comida da terra materna,
temos mais um churrasco no meu último dia no Brasil, e desta vez com arroz à grega
que minha mãe prepara tão bem, e carnes variadas, saladas, drinks, cervejas e afins!
Tudo isso no piso superior da casa dos meus pais, onde fica a cozinha, e uma área
com churrasqueira, mesas, cadeiras, e até chuveiro para se refrescar – que eu chamo
agora da “laje original”, um ambiente que sempre reúne muita gente em diversas datas
especiais, inclusive agora Dia das Mães, neste domingo dia 12. Eu já sei que estarão
todos reunidos e mais algumas pessoas para aquela feijoada preparada pela minha
mãe!
Chego no aeroporto bem cedo. Para que ficar enrolando, vou ter que falar tchau
mesmo, não é? Ando, ando, e não quero comprar nada – vejo então um pequeno livro,
quase que um resumo sobre Machado de Assis, e resolvo comprar, e aí me lembro que
provavelmente vou ficar com fome mais tarde, compro então um pão de queijo. Ainda
sem fome, eu me sento, leio o meu livro, como o pão de queijo e me nutro um
pouquinho mais de Brasil, e espero o embarque!
Eu voltei, tenho filhas, e queria estar com elas, ou pelo menos, com uma delas no Dia
das Mães – mas não deixei o Brasil sem aquele aperto no coração, principalmente
numa semana em que o país chora, literalmente fortes lágrimas por meio de chuvas
pesadas que se tornaram uma trágica enchente no sul do país.
Sabe, o voo de São Paulo para New York é de aproximadamente 9 horas, mas o
retorno para que a nossa mente aterrisse e chegue mesmo de volta depende muito do
estado emocional de cada um!
Eu agora piso em terras americanas, mas sentindo muito essa tragédia que se passa
no estado do Rio Grande do Sul. E depois de escrever esse longo texto sobre comida e
afeto por meio dela - penso aqui que como presente do Dia das Mães, todos nós -
brasileiros nativos, filhos da terra mãe Brasil, e também filhos, como as minhas filhas
nascidas fora, ou estrangeiros que amam a nossa terra brasileira, podemos fazer
doações para os nossos irmãos, filhos da mesma pátria que precisam de tudo,
inclusive água potável – alimento primordial, e também acolhimento afetivo!
Agradecendo a natureza, e essa força maior que me rodeia por ter tido dias
maravilhosos no Brasil, que me nutriram tanto, e lembro aqui que todos nós podemos e
temos uma certa responsabilidade moral em ajudar, e por muito tempo, os que
perderam tudo!
É isso, este texto é sobre minhas raízes! Minha terra mãe!
Feliz Dia das Mães para todos!
Rose Sperling
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