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Minha filha e Eu



Acabo e voltar de uma viagem de 12 dias com a minha filha de 20 anos.


Estivemos em Praga, Budapeste, Vienna e Bratislava.


Quando ela era bebê muitas vezes pensava em como seria quando ela crescesse e pudéssemos viajar juntas. A primeira vez foi quando ela tinha 4 ou 5 anos mas eu esperava mesmo pelo dia em que seríamos parceiras de viagem e não apenas mãe e filha.


Sempre gostei de viajar e tive muitas boas companhias. Por alguns anos minha mãe foi a parceira perfeita. Topava tudo, não discutia itinerários. E olha que uma vez fizemos a loucura de ir de São Paulo para Nova York, depois para Washington, aí de lá para Paris, a seguir fomos para Londres e por fim voltamos para Nova York!


Isso tudo em, no máximo, uns 10 dias. Viajar naquela época exigia outro tipo de planejamento, muita papelada impressa, reservas por telefone, pesquisas em guias e viagem.


Mas acho que nos surpreendíamos mais, havia mais lugares ainda secretos ou menos conhecidos para descobrir. Coitada da minha mãe, que tinha que caminhar incansavelmente, eu tinha um pique e disposição sem fim!


No final do dia quando íamos jantar, muitas vezes ela quase dormia...Ríamos muito, não me lembro de termos brigado ou discutido uma única vez. Foram viagens que deixaram saudades.


Também viajei muito com amigas, com uma prima, com minha irmã,...Com todas elas tenho lembranças daquelas de fazer dar risada sozinha de novo!


Com meu marido fiz viagens muito boas também, foi com ele que fui para os lugares mais distantes e conheci as culturas mais diferentes.


Fiz e continuo a fazer viagens solo, há momentos em que é melhor dispensar qualquer companhia, gosto dessas experiências.


Viagens em família foram muitas também, com poucos meses meus filhos já estavam voando.


Recentemente fiz algumas viagens sozinha com meu filho e essa viagem recém terminada foi a segunda com a minha filha em pouco mais de um ano.


Ela tem se mostrado uma parceira ideal. É interessada, disposta, desenvolta...Assumiu funções que eram minhas por iniciativa própria.


Minha bebezinha cresceu. Vê-la tomar as rédeas da sua vida agora que está estudando longe de casa por alguns meses, me enche de orgulho e respeito.

Ela é autêntica, adora a Taylor Swift (Não, ela não é uma fã qualquer, como tantas que irão aos shows que estão por vir. Ela gosta de verdade, sabe tudo, é selecionada para as compras antecipadas de ingressos. Vai a alguns dos shows aqui na Europa, em todos sozinha, porque não quer companhias que não sejam fãs verdadeiras como ela e atrapalhem a experiência. Ponto pra ela!) e é apaixonada por animais, sobretudo cães e gatos.


Nossa viagem incluiu uma ida à um Cat Café e muitas interações com cães na rua, em restaurantes, transportes públicos, aeroportos...Seus olhos brilham quando vê um "doguinho" na rua!


Assim como eu, gosta de fazer compras mas prefere gastar esse tempo onde vive, em viagens privilegia os passeios ao ar livre, não quer ir à shopping centers.


Dividimos algumas roupas e ela fez minha maquiagem quase todos os dias.


Nossa diferença de mais de 30 anos de idade não se fez notar nos programas que fizemos juntas.


Levei-a a experimentar algumas coisas novas, teatro de luz negra em Praga, termas e concerto de música clássica em Budapeste, palácios/museus em Vienna.


E também fui levada por ela a conhecer os lugares de Budapeste que ela já conhece bem, vi os lugares que ela frequenta diariamente e que à distância eu ficava imaginando somo seriam, a faculdade, a academia, a lavanderia,...Mãe gosta de checar tudo!


Compartilhamos também o gosto por provar cozinhas étnicas, nessa viagem fomos da cozinha tcheca à indiana, passando por húngara, eslovaca, grega, vietnamita, israelita e italiana.


Não comemos mal nenhuma vez, soubemos escolher bem. Isso sem contar os famosos cafés históricos.


Não discutimos, demos risada e nos divertimos muito.


Que venham outras oportunidades como essa.


Obrigada, filhota querida!


Maria Tereza De Iuliis


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