Ela teve um pesadelo
Uma linha que desenrolava e fazia seu próprio caminho
Ia mostrando os pontos as curvas as vírgulas
Surgiam textos e conexões
Até que aparece a silhueta de uma pessoa
Ela sente que conhece
Mas não sabe quem é
A linha vai subindo
Dando um bote
Como uma cobra
Ela se vira para ela
Ela não se vê
Mas não para de encarar aquela silhueta Fica
Intensifica
Cada vez mais clara e familiar
Podia sentir a falta de ar entre ela seu sono seu pesadelo e sua imagem perfeita
Rosto e coração esquentam
Olhos brilham
A vontade é ser aquela linha e dela fazer um ninho onde ela poderia resgatar sua silhueta preferida e pudessem juntos morar
Sem ser vistos
Sem incômodos
Sem inveja ou feitiços
Um lar para poder sentir os cheiros sem temer que um dia poderiam evaporar
01/05/2024
Lu Bolliger
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