Uma nova plataforma social surge, a ansiedade de participar é evidente, o desejo de pertencer. Mas para quê, afinal? Por que todos estarão lá e de repente a sensação de não conseguir se envolver completamente. Envolvida em quê? Onde? Onde está a vida fora da internet? Sim, porque à medida que o número de espaços online aumenta, diminuem as horas para aproveitar o mundo offline.
E o que será do futuro que não parece tão distante? Um futuro do amanhã mesmo, onde estaremos? Aqui conversando, rindo e nos informando ou em um grupo de amigos aproveitando o cheiro, o toque, o sorriso autêntico, o sabor da comida e da bebida?
Ao mesmo tempo em que a velocidade domina a comunicação e alcança pessoas distantes, aproximando-as, quem está próximo ficará mais distante? Afinal, cada um terá que se esforçar para promover seu conteúdo em todas as redes sociais existentes.
Cada um no seu celular divulgando seu conteúdo. A dopamina inunda nosso cérebro de repente, querendo nos fazer acreditar que estar conectado é pertencer a algo, é fazer parte e nos traz maior bem-estar.
Será? O que você entende por bem-estar? Pode nos contar?
Fernanda Papa de Campos
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